Fique por dentro das mudanças na Norma Regulamentadora (NR 18)

Uma das normas mais importantes para a saúde e segurança dos trabalhadores é a Norma Regulamentadora 18 (NR 18), que trata das condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção. Em 2020, ela foi atualizada e vamos conhecer aqui suas principais mudanças. 

  • Execução dos Planos de Segurança

Uma das principais alterações da NR 18 diz respeito a como operar os planos de segurança, pois antes, a norma dizia descritivamente como os planos deveriam ser formulados para prevenir acidentes. Isso acabava tornando as medidas preventivas um tanto quanto inflexíveis, principalmente nas tentativas de usar novas tecnologias para colaborar com a prevenção. 

Agora, com o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), a gestão de riscos será realizada pelo responsável da obra. Dessa forma, esta obrigação será das construtoras e não de seus fornecedores contratados. Porém, os fornecedores ainda terão a obrigação de produzir um inventário de riscos de atividades para que eles sejam considerados no programa.

  • Uso do Tubulão

Uma das alterações mais importantes para os trabalhadores na NR 18 diz respeito aos novos critérios de uso do tubulão (método comum para perfurações profundas na construção civil). A partir do momento em que for validada a norma, as empresas terão prazo de até 24 meses para abolir o uso do tubulão com ar comprimido, devido ao alto risco que isso proporciona aos trabalhadores. 

  • Climatização de máquinas e uso de contêineres. 

Também se torna obrigatório a climatização de máquinas autopropelidas (que possuem movimento próprio) com mais de 4,5 mil quilos e em equipamentos de guindar. Além disso, os contêineres marítimos não poderão mais ser utilizados como área de vivência dos trabalhadores – já que antes poderiam ser usados como refeitórios, vestiários e/ou escritórios de obras. 

Segundo a Secretaria do Trabalho, estima-se que haja menos acidentes nesses ambientes de trabalho aos quais a norma engloba, além de uma grande redução de custos. Com base em informações da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), a Secretaria de Política Econômica, do Ministério da Economia indica uma redução de custos em quase R$ 5 Bilhões no ramo da indústria da construção nos próximos 10 anos. 

Clique aqui para conhecer a nova redação da NR 18 na íntegra.

5 dicas ideais para elaborar uma análise de risco do trabalho em altura

O trabalho nas alturas oferece muitos riscos à segurança e à integridade física dos colaboradores. Para evitar acidentes e garantir o bem-estar dos funcionários é fundamental conhecer todos os eventos negativos que podem ocorrer em uma empresa durante o desempenho das atividades laborais. Por isso, é importante realizar corretamente a análise de risco (AR).

Vale lembrar que, além de prevenir a ocorrência de acidentes por meio da constatação dos riscos presentes no ambiente de trabalho e adoção de medidas eficazes para eliminá-los, a realização da AR é fundamental para estar em dia com as obrigações legais, afinal, a Norma Regulamentadora 35 (NR-35) estabelece que ela é uma obrigação do empregador.

Por isso preparamos este post para você. Continue a leitura e descubra qual a importância da análise de risco para os trabalhos em altura e como realizá-la!

Importância da análise de risco no trabalho nas alturas

Como você sabe, não raras vezes, o ambiente de trabalho ou atividade laboral expõe a integridade física e a vida do colaborador a riscos. No trabalho nas alturas, não é diferente. Aqueles que desempenham suas funções 2 metros acima do solo estão sujeitos a muitos riscos, tais como os decorrentes de quedas, da exposição à condições de temperaturas e pressão adversas, ruídos, choques elétricos etc.

Os tipos de evento danosos que podem ocorrer durante a realização de tarefas nas alturas podem variar de acordo com a função do trabalhador, afinal, cada atividade possui suas particularidades e, por isso, oferecem riscos diferentes.

Nesse cenário, a análise de risco é extremamente importante. Por meio de estudos prévios e minuciosos, ela permite conhecer os riscos oferecidos por tipo tarefa, antever eventuais eventos negativos e, consequentemente, identificar as medidas necessárias para redução ou eliminação deles.

Assim, ela auxilia na construção e manutenção de um ambiente de trabalho de qualidade e seguro, bem como para a preservação da integridade física e bem-estar dos colaboradores da empresa.

No entanto, vale lembrar que a análise de risco só será efetiva se feita da maneira correta, ou seja, levando-se em consideração, dentre outros fatores, todas as fases da etapa produtiva, o local em que o serviço é realizado, as condições meteorológicas, os pontos de ancoragem e os riscos de quedas. Além disso, de tempo em tempos, é necessário atualizar os estudos, afinal novas ameaças podem surgir.

Agora que você já sabe o que é e qual a importância da análise prévia de risco no trabalho em alturas, confira 5 dicas ideais de como realizá-la!

1. Análise do local de trabalho

Cada ambiente de trabalho tem suas particularidades e, por isso, oferecem perigos diversos ao trabalhador. Desse modo, a análise de risco também varia de acordo com o local em que a atividade é desempenhada.

Para a identificação dos eventos negativos que podem ocorrer na empresa, é fundamental que os estudos prévios dos riscos levem em consideração o local em que os trabalhadores desempenham suas funções.

Desse modo, o profissional (ou equipe) responsável pela elaboração da análise deve reservar um tempo para conhecer o ambiente de trabalho e, inclusive, para conversar com os funcionários que ali desempenham suas atividades, afinal, aqueles que estão envolvidos nos processos conhecem bem os perigos que vivenciam no dia a dia.

2. Análise das condições meteorológicas

Muito se engana quem acredita que os trabalhadores que desempenham suas atividades em altura estão sujeitos apenas aos riscos de quedas. Esses colaboradores podem ter sua integridade física e segurança afetada por condições meteorológicas adversas.

Vale lembrar que a pressão e a temperatura variam à medida que se distancia do nível do mar. Logo, estes colaboradores podem sofrer com essas variações. Além disso, as condições climáticas também devem ser levadas em consideração, com por exemplo o  tempo e intensidade de exposição solar do colaborador em sua atividade.

3. Identificação dos riscos de quedas de materiais e ferramentas

Outro ponto importante que o profissional responsável pela elaboração da análise prévia de risco deve observar e levar em consideração é a possibilidade de quedas de materiais e outros instrumentos de trabalho.

Normalmente, pode ser que haja pessoas transitando ou, até mesmo, trabalhando, em “níveis” abaixo do colaborador que está em nível mais alto. Nesses casos, a queda de algum objeto pode lesioná-las gravemente, principalmente porque a altura da queda aumenta significativamente a força de impacto do objeto no trabalhador eventualmente atingido.

4. Listagem de riscos

Após a identificação de todos os perigos presentes no trabalho em altura desempenhados pelos colaboradores da empresa, é imprescindível listá-los e classificá-los. Isso vai ajudar na identificação das medidas que podem e devem ser adotadas para garantir a segurança no ambiente de trabalho.

Vale lembrar que o ideal é que isso seja feito junto aos colaboradores, afinal, eles conhecem bem as adversidades enfrentadas na realização de suas tarefas. Além disso, nessa etapa, você pode contar com a ajuda de algumas perguntas, tais como:

  • onde o risco existe;
  • quem está exposto ao perigo;
  • quais as consequências da implementação do risco;
  • quais as probabilidades de ocorrência do evento danoso;
  • o que pode aumentar a chances do evento danoso.

5. Elaboração do plano de controle

Depois de estudar o local de trabalho, identificar e conhecer todos os riscos a que os trabalhadores nas alturas estão submetidos, é hora de concentrar todos os esforços na busca e implementação de medidas que podem reduzir ou evitar eventos negativos na empresa.

Averiguar quais os são os equipamentos de segurança adequados para que os colaboradores desempenhem suas tarefas de forma segura, desenvolver e fornecer cursos de capacitação e treinamentos e redesenhar o espaço de trabalho são algumas medidas que ajudam na redução de riscos.

conscientização dos trabalhadores também é fundamental para redução dos acidentes, afinal, de nada adianta estabelecer medidas de segurança se elas não forem adotadas pelos colaboradores. Por isso, dialogue com a equipe e mostre a importância do uso dos EPIs, além da adoção dos demais procedimentos de segurança.

Além dessas dicas, na hora de elaborar a análise de risco, é preciso ficar atento ao que diz as normas. Vale lembrar que, para os trabalhos em alturas, as regras estão previstas na Norma Regulamentadora 35 (NR-35), do MTE.

Sistema de ancoragem: Saiba o que é e qual é a importância

Quem exerce trabalho em altura sabe o quanto o sistema de ancoragem é imprescindível para a segurança laboral. Ele sustenta o trabalhador em um ponto fixo da edificação e, assim, delimita seu posicionamento, coordena suas movimentações e protege-o contra quedas.

Se a relação de emprego já é naturalmente sensível pelo cuidado jurídico com o empregado, imagine em situações de risco. O ordenamento jurídico brasileiro atende às disposições normativas internacionais e edita regulamentos regendo a forma com que tais atividades perigosas devem ser desempenhadas.

Quer saber mais sobre o sistema de ancoragem? Trouxemos algumas informações relevantes sobre o assunto na sequência.

O que é o sistema de ancoragem?

Seu conceito está no anexo II da Norma Regulamentadora (NR) 35 como “um conjunto de componentes, integrante de um sistema de proteção individual contra quedas – SPIQ”.

Ele “incorpora um ou mais pontos de ancoragem, aos quais podem ser conectados Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) contra quedas, diretamente ou por meio de outro componente”. Ademais, o sistema deve ser “projetado para suportar as forças aplicáveis”.

O trabalho em altura

De acordo com a Norma Regulamentadora (NR) 35 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), “considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda”.

Diante de tal perigo, o sistema de ancoragem é essencial para o desempenho das atividades nessas condições — estamos falando de cabos, mosquetões, cordas, ganchos, olhais, entre outros dispositivos.

Tais dispositivos são ligados ao cinturão paraquedista por meio de talabartes ou trava-quedas e têm a finalidade de manter a segurança do trabalhador em uma eventual queda. Plataformas e andaimes também têm pontos de ancoragem, pois as superfícies não podem oscilar enquanto o profissional realiza a manutenção, a limpeza e a restauração em fachadas em edifícios, por exemplo.

Investir no material correto, mais indicado para cada tipo de operação e instalação, de procedência confiável e boa qualidade, facilita a movimentação do empregado e fornece a segurança necessária para a realização de suas tarefas.

A regulamentação e as questões técnicas

Como o trabalho em altura é uma atividade arriscada, existem órgãos responsáveis pela fiscalização de tais serviços com competência para regulamentar sobre o assunto. Assim, a metodologia de trabalho é padronizada, os riscos são pré-avaliados e minimizados, o empregador é orientado, e o empregado, protegido.

Além da já mencionada NR 35, a NR 18 do MTE, regente das “condições e meio ambiente de trabalho na indústria e construção”, também trata dos sistemas de ancoragem. Ele ainda deve seguir a ABNT NBR 16325:2014 (Proteção contra quedas de altura – dispositivos de ancoragem) para ser comercializado dentro dos parâmetros legais em território brasileiro.

O que dizem as normas?

Entre os requisitos do sistema de ancoragem, estão o dever de serem “instalados por trabalhadores capacitados” e “submetidos à inspeção inicial e periódica”. Ainda segundo o anexo II da NR 35, a mencionada periodicidade não pode ser superior a 12 meses.

Como o sistema de ancoragem varia conforme o local de instalação e o procedimento operacional, ele precisa ser compatível com tais elementos. Seus pontos de fixação devem ser definidos pelo profissional legalmente habilitado, normalmente engenheiros e técnicos com registro no órgão de classe competente.

Há de se ressaltar: as normas regulamentadoras e técnicas não se preocupam apenas com a instalação do sistema de ancoragem, mas também com o seu projeto, a fabricação dos equipamentos, a instalação e a utilização dos dispositivos de ancoragem, as ancoragens estruturais e os elementos de fixação.

A proteção para trabalho em altura é feita de formas diferentes, conforme a edificação ou estrutura e o serviço prestado. O sistema de ancoragem em estrutura de concreto é diferente do requerido pela metálica, por exemplo, cabendo ao profissional habilitado seu planejamento prévio.

Essa projeção analisa os riscos e pode ser realizada pelo acesso à planta do edifício, orientando os cálculos do especialista sobre quais equipamentos serão necessários e a melhor forma de minimizar a força de uma queda do trabalhador no ponto fixo (ancoragem).

Tal fixação pode ser feita de 3 formas, conforme previsto na NR 35:

  1. diretamente na estrutura;
  2. na ancoragem estrutural (elemento fixado de forma permanente na estrutura);
  3. no dispositivo de ancoragem (dispositivo removível da estrutura).

Outro fator fundamental previsto pelas normas regulamentadoras é o fornecimento das informações adequadas sobre os pontos de ancoragem pelo responsável técnico, afinal, estrutura, plataformas e andaimes devem conter esses dados.

Estamos falando da identificação do fabricante, do número de série ou do lote para rastreabilidade e indicativo da quantidade limite de usuários simultaneamente conectados ou força máxima aplicável na estrutura.

Edificações novas e antigas devem ter um sistema de ancoragem atendendo a todo o seu perímetro e, segundo a NR 18, com suporte para “carga pontual de 1.500 Kgf (mil e quinhentos quilogramas-força)”.

A mencionada norma regulamentadora ainda traz previsões sobre a resistência e a durabilidade do material contra intempéries, devendo ser constituído por “aço inoxidável ou material de características equivalentes”.

Equipamentos de qualidade e treinamento são muito importantes, mas planejamento e teste prévio do sistema de ancoragem também são essenciais para a segurança do trabalho em altura.

Todas essas preocupações encontram respaldo legal nas normas técnicas e regulamentadoras, em consonância com padrões da Organização Internacional do Trabalho (OIT), inclusive.

Qual a importância do sistema de ancoragem?

O sistema de ancoragem no trabalho em altura previne quedas e, caso elas aconteçam, sustenta as forças aplicáveis, evitando lesões e até mortes. 

Vale ressaltar: o direito à vida é fundamental a todo e qualquer cidadão, devendo ser priorizado, inclusive, na relação de emprego. É correto afirmar que a proteção ao trabalhador é essencial não apenas à sua segurança, mas também à do empregador.

Entenda: a fiscalização dos órgãos competentes e a edição de normas regulamentadoras estabelecem um parâmetro a ser seguido. Assim, o contratante é orientado sobre como prestar o serviço, quais riscos devem ser evitados e de que forma a tarefa precisa ser desenvolvida.

Ao priorizar a cultura de segurança, uma organização mostra seu comprometimento com o bem-estar da equipe, gerando reflexos em toda a estrutura organizacional e também na sociedade. Não é só isso: agir de tal forma diminui o risco de danos à integridade física e à vida do empregado, bem como os gastos advindos de tais eventos.

Você sabia que o Brasil é o 4º país no mundo com maior incidência de acidentes laborais? Os encargos trabalhistas e previdenciários nesses casos são exorbitantes, representando aproximadamente 4% do produto interno bruto (PIB) brasileiro no ano de 2018.

Inspeção de ancoragem: como funciona e qual a periodicidade.

Profissionais de segurança do trabalho carregam uma imensa responsabilidade nas costas. Afinal de contas, manter a empresa livre de multas e processos judiciais é de tirar o sono de qualquer gestor.

Quando o assunto envolve os procedimentos em altura elevada, a preocupação é ainda maior. Saiba, porém, que é viável afastar o risco de quedas com muita segurança.É isso que a inspeção dos sistemas de proteção contra quedas com ancoragens faz, quando executada com ferramentas e métodos certificados. Quer saber mais? Então veja neste post dicas incríveis sobre o sistema de proteção.

Veja como funciona a inspeção de ancoragem

A inspeção de ancoragens é um conjunto de procedimentos que assegura a segurança para o ambiente de trabalho em altura. Ela é a protagonista na série de ações necessárias para a proteção contra quedas.

Quando um trabalhador vier a cair durante o serviço, esse sistema de proteção contra quedas vai sustentar a força da eventual queda, mantendo o funcionário suspenso, isto é, retendo a força da queda e impedindo o impacto contra o solo.

O sistema de proteção contra quedas (SPCQ)  é composto por três pontos principais: o suporte para o usuário (cinto de segurança paraquedista, por exemplo), o elemento de ligação (como trava-quedas e talabartes) e o(s) ponto(s) de ancoragem (os dispositivos com olhais, adaptadores intermediários e locais onde esse sistema será fixado — como degraus, pilares ou vigas de concreto armado, entre outros — para que haja estabilidade).

O inspetor deve conferir o projeto original e fazer comparações com aquilo que foi executado. Depois disso, é feita a avaliação específica dos pontos. O próprio projeto trará indicações sobre a forma certa de avaliar e testar.

O tipo de material também influencia no modelo de inspeção recomendado. Por exemplo: equipamentos metálicos costumam ter mais durabilidade, contudo, os impactos frequentes podem levá-los à deformação definitiva.

Como consequência, sua funcionalidade mecânica pode sofrer danos. Outro potencial problema é que as ferramentas feitas com esse elemento estão sujeitas a processos corrosivos. Por essa razão, para esse aparelho é imprescindível fazer testes de oxidação para verificar se existe ferrugem.

Já para testar a capacidade mecânica, são essenciais outras experiências de averiguação. Nesse caso, o inspetor pode pingar um líquido sobre a superfície de uma peça. Se ele penetrar nesse equipamento, é por que existem pontos de fissura ou ranhura.

O método visual também pode ser adotado para as verificações mecânicas. Assim, coloca-se uma lâmpada especial contra o dispositivo para observar todas as suas imperfeições. Há vários tipos de testes: mecânicos, químicos ou combinados.

A exposição ao clima, como chuvas e sol, é outro fator de desgaste para essas estruturas — uma razão a mais para deixar a inspeção de ancoragem sempre em dia.

Saiba qual é a frequência ideal para fazer essa verificação

Você teme sofrer multas ou outras penalidades por não conseguir cumprir as leis, certo? Atender a todas as medidas cruciais para a segurança do trabalho não é simples, e sua preocupação é mais do que justificada.

Por isso, preste muita atenção na frequência da inspeção de ancoragem. Além de punições econômicas e judiciais, você realmente pode colocar a vida dos seus colaboradores em risco com um desleixo nessa questão.

A legislação nacional vigente (NBR 16.325/2014) determina que essa vistoria aconteça pelo menos uma vez por ano. É muito importante que essas revistas sejam documentadas e aplicadas por profissionais legalmente habilitados. Possuem habilitação técnica para essa tarefa os engenheiros civis e os engenheiros mecânicos.

Segundo a legislação, o primeiro profissional pode projetar e inspecionar estruturas de concreto armado e metálicas, enquanto o segundo apenas as estruturas metálicas.

Os próprios fabricantes de pontos e de sistemas de ancoragem solicitam que seja realizada uma fiscalização anual. Em alguns casos, eles recomendam procedimentos em intervalos semestrais.

As empresas que descumprirem esses prazos estarão sujeitas a multas e a acionamentos na justiça. Se ocorrer um acidente grave nessas circunstâncias, os prejuízos serão inimagináveis. Essa companhia pode, por exemplo, ter que responder a um processo por negligência, imprudência ou imperícia.

Entenda por que a inspeção de ancoragem é importante

A função da inspeção de ancoragem é avaliar os riscos laborais dos pontos ou sistemas de ancoragem nos quais estejam inseridos. Quando o ponto de ancoragem estiver em más condições — físicas ou estruturais —, ele não funcionará adequadamente.

Por esse motivo, é fundamental levar em consideração que os pontos de ancoragem são a parte mais importante de toda a estrutura de proteção contra quedas.

Por exemplo: quando alguém cai de um edifício de muitos andares, para que uma corda aguente esse choque, a ancoragem à qual essa corda está fixada terá que estar apta a absorver essa força.

Há vários tipos de pontos de ancoragens. Alguns prédios contam com estruturas definitivas feitas justamente para desempenhar esse papel, ou seja, estabilizar o complexo de equipamentos e ações envolvidos na defesa contra quedas.

Por essa razão, a empresa tem que tomar muito cuidado na hora de escolher as suas posições para a fixação, pois será essencial que elas tenham a resistência suficiente.

Assim, a inspeção de ancoragem vai confirmar se as dimensões e regras elaboradas pelos engenheiros estão mesmo sendo respeitadas.

Outra questão crucial é que os pontos de ancoragem requerem materiais imunes a intempéries. Se você tiver um ponto de ancoragem que fica ao ar livre, por exemplo, ele sofrerá com a ação da chuva e do sol. Se estiver perto do mar, estará vulnerável à névoa salina. Também não podem provocar cortes em cordas nem danos por esforços de tração.

Tudo tem que ser muito bem documentado para que essa avaliação seja útil e ateste a total segurança no trabalho em altura, fundamental para várias atividades: reforma de fachadas, reparos de luminárias, exaustores e equipamentos industriais, instalação de ar-condicionado, limpeza, pintura, entre outras.

Isso sem falar do uso da inspeção de ancoragem na construção civil, indispensável para a movimentação adequada dos andaimes.

Conheça as normas que regulamentam esses processos

Muitas vezes os profissionais de comando até conhecem a legislação e sabem o que devem fazer para deixar a casa em ordem. É comum, no entanto, que o excesso de atividades acabe contribuindo para a perda do controle. Além disso, no caso do trabalho em altura, as práticas compulsórias para reduzir acidentes são relativamente novas.

Essa regulamentação, baseada em norma europeia, passou a existir em 2014, quando entrou em vigor a Norma Brasileira 16325.

O resultado da inspeção de ancoragem é descrito em relatório técnico. Empresas especializadas nesses serviços fazem a manutenção periódica e ainda fornecem os equipamentos ideais para cada contexto.

Desse modo, a companhia ganha total tranquilidade para o tráfego nos andaimes, para a subida em torres e antenas, para o deslocamento em telhados, plataformas de petróleo, marquises e qualquer outro tipo de tarefa a mais de dois metros do chão.

Assim, todos os dispositivos abrangidos pela estrutura de ancoragem passam pela devida avaliação técnica.

A inspeção de ancoragem, portanto, é um processo imprescindível no layout da segurança do trabalho em altura. Afinal de contas, as checagens em intervalos corretos, os instrumentos de qualidade bem dimensionados e os profissionais com a capacitação técnica em dia garantirão a proteção da equipe e a realização do trabalho com segurança.

Manutenção hidráulica predial: como funciona?

Para a construção ideal de um prédio, muitos itens são indispensáveis. A instalação e manutenção hidráulica predial não pode ser ignorada em nenhum projeto. Com essa manutenção, é possível evitar que problemas envolvendo desperdício de água e outros bem piores aconteçam. A fim de explicar a importância de cada etapa desse processo, que é cheio de termos técnicos, a Climbing Service preparou este artigo. Atente-se às informações e veja como é importante realizar tal instalação e as periódicas manutenções.

Como é feita a manutenção hidráulica predial?

Instalação

Antes de entender como funciona a manutenção, é necessário conhecer a definição e importância da instalação hidráulica. Basicamente, é o conjunto de diversos componentes que transmitem energia de um ponto a outro. De forma instantânea, fazendo com que equipamentos funcionem. Para tais equipamentos leia-se tubulações de gás, redes de abastecimento de água, coleta de esgoto e outros.

O sistema hidráulico está presente em casas e prédios. Todavia, para um prédio é preciso uma atenção redobrada. As chances da falta de abastecimento de água aumentam. Por essa razão, a manutenção hidráulica predial deve ser periódica e frequente.

Componentes

  • Bombas hidráulicas: são transmissoras de energia mecânica em energia hidráulica. Dentre os vários tipos de bombas, é comum encontrar engrenagem, pistão e palheta. Cada tipo com sua significância e destino. Em geral, o objetivo é deslocar o fluido volumoso contra uma pressão mais resistente;
  • válvulas: iniciam, param e direcionam o fluxo do fluido;
  • atuadores: por fim, o resultado. Momento em que a energia hidráulica se converte em mecânica novamente.

Como é realizada a manutenção?

Prevenção

A manutenção hidráulica predial deve ter cunho preventivo. Torneiras, registros, chuveiros, válvulas de descarga e reservatórios de água podem apresentar, com o tempo, problemas. A manutenção entra com a mão de obra de profissionais altamente capacitados e equipados com as ferramentas certas.

Testes

Alguns testes são realizados na manutenção hidráulica predial. Teste de estanqueidade nas caixas de descarga, bacias sanitárias, tubo alimentador predial, fossas sépticas, reservatórios. Bem como verificações necessárias de possíveis vazamentos, obstáculos para escoamento de esgoto, válvula de alívio, estado dos suportes das tubulações. Todo o trabalho é realizado de acordo com as necessidades apresentadas pelo prédio.

Atividades

  • Limpeza e desinfecção de reservatórios de água fria e quente, não potável, de filtros mecânicos, ralos, caixas de gordura e etc;
  • troca de vedações de caixas de descarga de bacias sanitárias e suas válvulas;
  • manutenção dos equipamentos de desinfecção, sistemas de aproveitamento da água de chuva, válvulas redutoras de pressão, bombas centrífugas e etc.

Proteção contra quedas: como garantir no trabalho em altura?

Trabalhos em altura, como aqueles realizados pela Climbing Service, são passíveis de acidentes. Afinal, executar serviços em altura elevada sempre coloca os profissionais em risco. Por isso, é essencial que a empresa de alpinismo industrial implante Sistemas de Proteção contra Quedas para evitar possíveis desastres. Conheça melhor esse conceito e suas metodologias de aplicação, a seguir.

Conheça melhor o Sistema de Proteção contra Quedas

O Sistema de Proteção contra Quedas (SPQ) é um conjunto de medidas e equipamentos adotados para conter os riscos de acidentes em altura. É obrigatória sua utilização sempre que houver necessidade de o profissional trabalhar em altura acima de 2 metros do piso. Acima de tudo, o conceito é um direito de todos os colaboradores e uma obrigação do empregador.
De acordo com a NR 35, todo trabalho em altura demanda soluções coletivas e individuais de proteção contra quedas. Nesse caso, existem duas vertentes que regem o sistema como um todo: Sistema de Proteção Coletivo contra Queda (SPCQ) e Sistema de Proteção Individual contra Queda (SPIQ).

Antes de implantar os sistemas, deve ser feita uma Análise Preliminar de Risco para identificar possíveis circunstâncias perigosas. Em seguida, é feito um planejamento específico para cada função desempenhada com as devidas medidas de segurança.

Principais metodologias de proteção

Queda controlada

Também conhecida como retenção, a queda controlada consiste em adotar providências para conter a queda. Ou seja, os elementos do sistema são escolhidos de acordo com os riscos preestabelecidos no planejamento do trabalho. Nesse caso, medidas e acessórios de segurança são elaborados para absorver a energia potencial gerada por um eventual tombo. Consequentemente, devem permitir a resistência do trabalhador. Para isso, são usados cintos de segurança, elementos de conexão e dispositivos de ancoragem.

Trabalho posicionado

O principal objetivo dessa metodologia de proteção contra quedas é posicionar os trabalhadores da melhor forma possível. Além disso, permite que o profissional trabalhe com as mãos livres. Nesse modelo, são empregados cinturão abdominal de posicionamento, argolas laterais de ancoragem na cintura e talabartes de posicionamento. É válido ressaltar: esse método deve ser utilizado junto à queda controlada.

Trabalho restrito

A restrição, como também é conhecida essa metodologia de proteção contra quedas, é considerada um sistema de prevenção. A nomeação ocorre devido ao seu funcionamento: o método consiste em limitar o acesso dos profissionais a lugares onde haja risco de quedas. Para isso, são empregadas linhas de advertência e zonas de entrada controlada. Obviamente, quando não há meios de evitar a exposição dos trabalhadores ao perigo, outra medida de segurança deve ser adotada.

Acesso por cordas

Em resumo, essa técnica compreende o uso de cordas e outros equipamentos de proteção para subir, descer e se deslocar horizontalmente. O acesso por cordas também é utilizado em métodos de posicionamento. Da mesma forma que a metodologia do trabalho posicionado, também deve ser combinado com a queda controlada.

Produtos de resgate para trabalhos em altura: importância!

Trabalho em altura obtém diversos benefícios para estruturas prediais. Os profissionais qualificados no segmento podem cuidar da manutenção dessas construções de diversas formas. Seja na pintura, rede elétrica, hidráulica e até limpeza. Entretanto, em prol da segurança, é necessário elaborar o plano de resgate para esses serviços. Entenda melhor ao longo deste artigo e saiba como contratar a empresa certa. Leia com atenção, a seguir!

Plano de resgate em alpinismo industrial

O que é?

Plano de resgate é previsto por lei e regulamentada na NR-35. Nele, são elaboradas atitudes a serem tomadas após a ocorrência de acidentes. Mesmo com a problemática em jogo, o plano de resgate busca reduzir a disseminação de danos à estrutura e integridade dos profissionais. São várias as situações emergenciais que podem ocorrer e ter um planejamento para solucioná-las é indispensável no alpinismo industrial.

Funcionamento

Por exemplo, pode ocorrer do profissional desmaiar durante o turno. Na maioria das vezes, esse desmaio provém do contato inesperado com instalações elétricas. O plano de resgate busca caminhos para o salvamento imediato da pessoa. Outra situação que pode ocorrer é a queda em altura. Permanecer muito tempo suspenso pelo cinto pode dificultar a respiração e fraturar partes do corpo. Só com o plano de resgate é possível evitar essas situações e proporcionar um trabalho seguro ao profissional.

Necessidades

  • Estudo e planejamento do trabalho a ser realizado, bem como o local;
  • condições externas ligadas ao local;
  • riscos potenciais;
  • tempo de exposição aos riscos;
  • número de profissionais inseridos;
  • materiais específicos.

Segurança

  • Capacitação de profissionais;
  • instalação de redes/materiais de segurança;
  • aplicação de linhas de vida;
  • recursos mecânicos e manuais de elevação;
  • utilização de EPIs.

Sistema de ancoragem: Saiba o que é e qual é a importância

Quem exerce trabalho em altura sabe o quanto o sistema de ancoragem é imprescindível para a segurança laboral. Ele sustenta o trabalhador em um ponto fixo da edificação e, assim, delimita seu posicionamento, coordena suas movimentações e protege-o contra quedas.

Se a relação de emprego já é naturalmente sensível pelo cuidado jurídico com o empregado, imagine em situações de risco. O ordenamento jurídico brasileiro atende às disposições normativas internacionais e edita regulamentos regendo a forma com que tais atividades perigosas devem ser desempenhadas.

Quer saber mais sobre o sistema de ancoragem? Trouxemos algumas informações relevantes sobre o assunto na sequência.

O que é o sistema de ancoragem?

Seu conceito está no anexo II da Norma Regulamentadora (NR) 35 como “um conjunto de componentes, integrante de um sistema de proteção individual contra quedas – SPIQ”.

Ele “incorpora um ou mais pontos de ancoragem, aos quais podem ser conectados Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) contra quedas, diretamente ou por meio de outro componente”. Ademais, o sistema deve ser “projetado para suportar as forças aplicáveis”.

O trabalho em altura

De acordo com a Norma Regulamentadora (NR) 35 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), “considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda”.

Diante de tal perigo, o sistema de ancoragem é essencial para o desempenho das atividades nessas condições — estamos falando de cabos, mosquetões, cordas, ganchos, olhais, entre outros dispositivos.

Tais dispositivos são ligados ao cinturão paraquedista por meio de talabartes ou trava-quedas e têm a finalidade de manter a segurança do trabalhador em uma eventual queda. Plataformas e andaimes também têm pontos de ancoragem, pois as superfícies não podem oscilar enquanto o profissional realiza a manutenção, a limpeza e a restauração em fachadas em edifícios, por exemplo.

Investir no material correto, mais indicado para cada tipo de operação e instalação, de procedência confiável e boa qualidade, facilita a movimentação do empregado e fornece a segurança necessária para a realização de suas tarefas.

A regulamentação e as questões técnicas

Como o trabalho em altura é uma atividade arriscada, existem órgãos responsáveis pela fiscalização de tais serviços com competência para regulamentar sobre o assunto. Assim, a metodologia de trabalho é padronizada, os riscos são pré-avaliados e minimizados, o empregador é orientado, e o empregado, protegido.

Além da já mencionada NR 35, a NR 18 do MTE, regente das “condições e meio ambiente de trabalho na indústria e construção”, também trata dos sistemas de ancoragem. Ele ainda deve seguir a ABNT NBR 16325:2014 (Proteção contra quedas de altura – dispositivos de ancoragem) para ser comercializado dentro dos parâmetros legais em território brasileiro.

O que dizem as normas?

Entre os requisitos do sistema de ancoragem, estão o dever de serem “instalados por trabalhadores capacitados” e “submetidos à inspeção inicial e periódica”. Ainda segundo o anexo II da NR 35, a mencionada periodicidade não pode ser superior a 12 meses.

Como o sistema de ancoragem varia conforme o local de instalação e o procedimento operacional, ele precisa ser compatível com tais elementos. Seus pontos de fixação devem ser definidos pelo profissional legalmente habilitado, normalmente engenheiros e técnicos com registro no órgão de classe competente.

Há de se ressaltar: as normas regulamentadoras e técnicas não se preocupam apenas com a instalação do sistema de ancoragem, mas também com o seu projeto, a fabricação dos equipamentos, a instalação e a utilização dos dispositivos de ancoragem, as ancoragens estruturais e os elementos de fixação.

A proteção para trabalho em altura é feita de formas diferentes, conforme a edificação ou estrutura e o serviço prestado. O sistema de ancoragem em estrutura de concreto é diferente do requerido pela metálica, por exemplo, cabendo ao profissional habilitado seu planejamento prévio.

Essa projeção analisa os riscos e pode ser realizada pelo acesso à planta do edifício, orientando os cálculos do especialista sobre quais equipamentos serão necessários e a melhor forma de minimizar a força de uma queda do trabalhador no ponto fixo (ancoragem).

Tal fixação pode ser feita de 3 formas, conforme previsto na NR 35:

  1. diretamente na estrutura;
  2. na ancoragem estrutural (elemento fixado de forma permanente na estrutura);
  3. no dispositivo de ancoragem (dispositivo removível da estrutura).

Outro fator fundamental previsto pelas normas regulamentadoras é o fornecimento das informações adequadas sobre os pontos de ancoragem pelo responsável técnico, afinal, estrutura, plataformas e andaimes devem conter esses dados.

Estamos falando da identificação do fabricante, do número de série ou do lote para rastreabilidade e indicativo da quantidade limite de usuários simultaneamente conectados ou força máxima aplicável na estrutura.

Edificações novas e antigas devem ter um sistema de ancoragem atendendo a todo o seu perímetro e, segundo a NR 18, com suporte para “carga pontual de 1.500 Kgf (mil e quinhentos quilogramas-força)”.

A mencionada norma regulamentadora ainda traz previsões sobre a resistência e a durabilidade do material contra intempéries, devendo ser constituído por “aço inoxidável ou material de características equivalentes”.

Equipamentos de qualidade e treinamento são muito importantes, mas planejamento e teste prévio do sistema de ancoragem também são essenciais para a segurança do trabalho em altura.

Todas essas preocupações encontram respaldo legal nas normas técnicas e regulamentadoras, em consonância com padrões da Organização Internacional do Trabalho (OIT), inclusive.

Qual a importância do sistema de ancoragem?

O sistema de ancoragem no trabalho em altura previne quedas e, caso elas aconteçam, sustenta as forças aplicáveis, evitando lesões e até mortes. 

Vale ressaltar: o direito à vida é fundamental a todo e qualquer cidadão, devendo ser priorizado, inclusive, na relação de emprego. É correto afirmar que a proteção ao trabalhador é essencial não apenas à sua segurança, mas também à do empregador.

Entenda: a fiscalização dos órgãos competentes e a edição de normas regulamentadoras estabelecem um parâmetro a ser seguido. Assim, o contratante é orientado sobre como prestar o serviço, quais riscos devem ser evitados e de que forma a tarefa precisa ser desenvolvida.

Ao priorizar a cultura de segurança, uma organização mostra seu comprometimento com o bem-estar da equipe, gerando reflexos em toda a estrutura organizacional e também na sociedade. Não é só isso: agir de tal forma diminui o risco de danos à integridade física e à vida do empregado, bem como os gastos advindos de tais eventos.

Você sabia que o Brasil é o 4º país no mundo com maior incidência de acidentes laborais? Os encargos trabalhistas e previdenciários nesses casos são exorbitantes, representando aproximadamente 4% do produto interno bruto (PIB) brasileiro no ano de 2018.

5 dicas ideais para elaborar uma análise de risco do trabalho em altura

O trabalho nas alturas oferece muitos riscos à segurança e à integridade física dos colaboradores. Para evitar acidentes e garantir o bem-estar dos funcionários é fundamental conhecer todos os eventos negativos que podem ocorrer em uma empresa durante o desempenho das atividades laborais. Por isso, é importante realizar corretamente a análise de risco (AR).

Vale lembrar que, além de prevenir a ocorrência de acidentes por meio da constatação dos riscos presentes no ambiente de trabalho e adoção de medidas eficazes para eliminá-los, a realização da AR é fundamental para estar em dia com as obrigações legais, afinal, a Norma Regulamentadora 35 (NR-35) estabelece que ela é uma obrigação do empregador.

Por isso preparamos este post para você. Continue a leitura e descubra qual a importância da análise de risco para os trabalhos em altura e como realizá-la!

Importância da análise de risco no trabalho nas alturas

Como você sabe, não raras vezes, o ambiente de trabalho ou atividade laboral expõe a integridade física e a vida do colaborador a riscos. No trabalho nas alturas, não é diferente. Aqueles que desempenham suas funções 2 metros acima do solo estão sujeitos a muitos riscos, tais como os decorrentes de quedas, da exposição à condições de temperaturas e pressão adversas, ruídos, choques elétricos etc.

Os tipos de evento danosos que podem ocorrer durante a realização de tarefas nas alturas podem variar de acordo com a função do trabalhador, afinal, cada atividade possui suas particularidades e, por isso, oferecem riscos diferentes.

Nesse cenário, a análise de risco é extremamente importante. Por meio de estudos prévios e minuciosos, ela permite conhecer os riscos oferecidos por tipo tarefa, antever eventuais eventos negativos e, consequentemente, identificar as medidas necessárias para redução ou eliminação deles.

Assim, ela auxilia na construção e manutenção de um ambiente de trabalho de qualidade e seguro, bem como para a preservação da integridade física e bem-estar dos colaboradores da empresa.

No entanto, vale lembrar que a análise de risco só será efetiva se feita da maneira correta, ou seja, levando-se em consideração, dentre outros fatores, todas as fases da etapa produtiva, o local em que o serviço é realizado, as condições meteorológicas, os pontos de ancoragem e os riscos de quedas. Além disso, de tempo em tempos, é necessário atualizar os estudos, afinal novas ameaças podem surgir.

Agora que você já sabe o que é e qual a importância da análise prévia de risco no trabalho em alturas, confira 5 dicas ideais de como realizá-la!

1. Análise do local de trabalho

Cada ambiente de trabalho tem suas particularidades e, por isso, oferecem perigos diversos ao trabalhador. Desse modo, a análise de risco também varia de acordo com o local em que a atividade é desempenhada.

Para a identificação dos eventos negativos que podem ocorrer na empresa, é fundamental que os estudos prévios dos riscos levem em consideração o local em que os trabalhadores desempenham suas funções.

Desse modo, o profissional (ou equipe) responsável pela elaboração da análise deve reservar um tempo para conhecer o ambiente de trabalho e, inclusive, para conversar com os funcionários que ali desempenham suas atividades, afinal, aqueles que estão envolvidos nos processos conhecem bem os perigos que vivenciam no dia a dia.

2. Análise das condições meteorológicas

Muito se engana quem acredita que os trabalhadores que desempenham suas atividades em altura estão sujeitos apenas aos riscos de quedas. Esses colaboradores podem ter sua integridade física e segurança afetada por condições meteorológicas adversas.

Vale lembrar que a pressão e a temperatura variam à medida que se distancia do nível do mar. Logo, estes colaboradores podem sofrer com essas variações. Além disso, as condições climáticas também devem ser levadas em consideração, com por exemplo o  tempo e intensidade de exposição solar do colaborador em sua atividade.

3. Identificação dos riscos de quedas de materiais e ferramentas

Outro ponto importante que o profissional responsável pela elaboração da análise prévia de risco deve observar e levar em consideração é a possibilidade de quedas de materiais e outros instrumentos de trabalho.

Normalmente, pode ser que haja pessoas transitando ou, até mesmo, trabalhando, em “níveis” abaixo do colaborador que está em nível mais alto. Nesses casos, a queda de algum objeto pode lesioná-las gravemente, principalmente porque a altura da queda aumenta significativamente a força de impacto do objeto no trabalhador eventualmente atingido.

4. Listagem de riscos

Após a identificação de todos os perigos presentes no trabalho em altura desempenhados pelos colaboradores da empresa, é imprescindível listá-los e classificá-los. Isso vai ajudar na identificação das medidas que podem e devem ser adotadas para garantir a segurança no ambiente de trabalho.

Vale lembrar que o ideal é que isso seja feito junto aos colaboradores, afinal, eles conhecem bem as adversidades enfrentadas na realização de suas tarefas. Além disso, nessa etapa, você pode contar com a ajuda de algumas perguntas, tais como:

  • onde o risco existe;
  • quem está exposto ao perigo;
  • quais as consequências da implementação do risco;
  • quais as probabilidades de ocorrência do evento danoso;
  • o que pode aumentar a chances do evento danoso.

5. Elaboração do plano de controle

Depois de estudar o local de trabalho, identificar e conhecer todos os riscos a que os trabalhadores nas alturas estão submetidos, é hora de concentrar todos os esforços na busca e implementação de medidas que podem reduzir ou evitar eventos negativos na empresa.

Averiguar quais os são os equipamentos de segurança adequados para que os colaboradores desempenhem suas tarefas de forma segura, desenvolver e fornecer cursos de capacitação e treinamentos e redesenhar o espaço de trabalho são algumas medidas que ajudam na redução de riscos.

A conscientização dos trabalhadores também é fundamental para redução dos acidentes, afinal, de nada adianta estabelecer medidas de segurança se elas não forem adotadas pelos colaboradores. Por isso, dialogue com a equipe e mostre a importância do uso dos EPIs, além da adoção dos demais procedimentos de segurança.

Além dessas dicas, na hora de elaborar a análise de risco, é preciso ficar atento ao que diz as normas. Vale lembrar que, para os trabalhos em alturas, as regras estão previstas na Norma Regulamentadora 35 (NR-35), do MTE.